quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Os homens, os carros e... os comprimentos

Gosto de homens! É inacto. Tenho muitas amigas. Somos intimas, divertimo-nos, rimos muito, choramos juntas, partilhamos venturas e desventuras, abrimos os nossos corações umas para as outras, mas não nos atraímos. Assumimo-nos heterosexuais e pronto!

Mas os homens, geralmente, são tão parvos! Oh valha-me Deus!!

Hoje, já parti a cabeça à "pala" de um ser desse género.

Quer dizer: vem uma mulher trabalhar, sabe Deus com que sacrifício, depois de várias aventuras matinais e de se arranjar como se fosses para uma festa (a raiva que me dá de - ao menos às vezes - não me poder apresentar ao trabalho de pijama, robe e pantufas!). Depois de passar pelas filas de trânsito; atravessar heroicamente uma enorme quantidade de semáforos (que ficam SEMPRE encarnados quando a malta se aproxima); ter dado 50 voltas para encontrar um estacionamento,  lá consegue encontrar um buraquito apertadinho, entre dois carros , estaciona e mesmo antes de respirar fundo, porque está super atrasada, prepara-se para saír do carro, cautelosamente, sem sequer pegar na carteira, por constatar que terá de fazer a "manobra" de lado, porque o outro carro está muito pertinho; abre a porta enconstando-a consciente e cautelosamente ao carro que está do seu lado esquerdo e, zás! desata lá dentro um energúmeno, que lia o jornal no interior da viatura, a esbracejar e a dizer:"atão, isto é assim?". Ora, eu que, quando quero, sou só meles  e, nessas alturas, até costumo ser educada, simpática e pedir desculpa; mas pareceu-me a reacção do tipo tão exagerada e estando eu com os azeites (mas foi mesmo a sobrereacção do tipo que me irritou) arrebitei o nariz e dei-lhe um grito: "O que é que foi?" , e ele :"Ainda pergunta o que é que foi?" e eu :"Sim. Venha cá ver se a porcaria do carro tem alguma coisa!" . E, nisto, resolvi sair pela porta do pendura, puxei o meu banco para trás, fiz o mesmo ao do lado e quando me preparava para passar para o outro lado constatei que deixara o meu casaco entalado na porta. Abri a porta para soltar o casaco e estava o "bicho" a olhar para o seu maravilhoso carrinho, para ver se detectava alguma mácula no local em que a minha porta tinha encostado! Quando me viu abrir a porta, deve ter pensado que eu ia apanhá-lo de costas para o agredir (hihihi) e perguntou-me:"O que foi?", ao que eu respondi à bruta: "Não foi nada, porquê?". Soltei o casaco e saltei agilmente para o lado do pendura, tendo batido com a cabeça no espelho rectrovisor (doeu-me mas , com a fúria, nem parei para ver o que se tinha passado) e saí pela outra porta, sempre de nariz arrebitado. O idiota ainda disse :"Querem ver que ainda acha que tem razão?" e eu disse (cuidado, a fada vais ser mal educada): "À merda!". Virei costas e vim-me embora!
Parvalhão!
Quando me sentei à secretária pus a mão na cabeça e percebi que estava a sangrar. Na hora do almoço fui a um centro de enfermagem (as minhas colegas acharam que era melhor, já que o golpe não era pequeno) e pimba a enfermeira constatou que tinha um golpe de 3,5 cm, felizmente pouco profundo, pelo que bastou um curativo, sem pontos. Se fosse o idiota de certeza que tinha ido ao hospital e punha baixa médica (ficaria impedido de ler o seu jornal dentro do seu Mercedes- raios o partam!)
Detesto gajos "coninhas"! Mas, sinceramente, acho que os homens são quase todos coninhas! Então com o carro, andam sempre a ver quem o tem maior...

P.S. Não desejo grande mal ao tipo, mas lá que rezo para que alguém lhe dê boa amolgadela na m¨* do Mercedes, lá isso rezo!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Fez-me falta um medidor de felicidade

Aproxima-se do fim esta minha incursão em África. Já só falta um dia de trabalho, o de amanhã.

Como em todas as demais experiências do género, vivi coisas novas, completamente diferentes daquelas com que me deparo habitualmente (na maioria das vezes, mais do mesmo). Enchi-me de receber sorrisos afáveis.

As meninas, a quem distribuí tshirts à porta do Hotel (e que chegaram a entrar em luta entre si porque todas queriam mais uma, não obstante já todas estarem servidas), são muito amáveis, insistem em pedidos, mas quando percebem que não lhes vou dar mais nada, dizem-me carinhosamente "vá, vai para o hotel, vai descansar". Depois de instada, respondo-lhes:"não sei se cá voltarei", elas acrescentam:"vai voltar, se Deus quiser"e, as que têm coragem, passam-me as mãos nos cabelos (devem achá-los sedosos).

Pela primeira vez, em toda a vida, assisti ao vivo (e a cores,hehehe) às orações de muçulmanos na rua. Todos homens, concentradíssimos, a rezar, cumprindo uma série de rituais. A cena passava-se junto às bancas de artesanato que eu visitava ( eles pararam tudo para orar). Gostei muito.

Durante o almoço de ontem, no restaurante, de portugueses, sito mesmo em frente ao hotel, enquanto comi, sózinha, na esplanada, apreciei a conversa de um grupo de homens que se encontrava na mesa por detrás da minha (todos portugueses, com excepção de um guineense- homem culto, que viveu na Europa durante 30 anos, entre Portugal e Alemanha). Dos vários assuntos abordados, houve um tema que me chamou particularmente a atenção, pela sua bizarria. Diziam eles, e estavam de acordo, que o país tem muitos problemas que impedem o seu desenvolvimento, como seja o costume da "Chora", em que os choradores pura e simplesmente não se apresentam ao trabalho, sem sequer justificar. Atentei na conversa para tentar perceber de que se tratava e, pelos desenvolvimentos, apercebi-me tratar-se de tradição relacionada com a morte. Já "morta" de curiosidade e não resistindo a questioná-los sobre o assunto, lá lhes pedi delicadamente que me deixassem virar a minha cadeira para a mesa deles, no intuito de lhes fazer algumas perguntas (eu não tenho perfil de jurista, mas de antropóloga).

A "chora" consiste exactamente em chorar o defunto, na sua casa, junto ao corpo. Simplesmente, "a chora" dura entre uma e duas semanas, sendo que os que vão chorar (familiares, amigos e conhecidos - bem como desconhecidos especializados em choras) são sustentados fartamente pela família do defunto. Assim, à porta da casa do defunto, matam-se vacas e mais vacas para alimentar toda aquela gente, revelando-se o estatuto sócio-económico da familia do morto, pela qualidade da boda. O álcool também corre a rodos. Se a "chora" for de arromba, a rua do defunto é interditada, porquanto o sangue das vacas mortas inunda completamente a rua (sem exagero), pois há "choras" que implicam a matança, à vista de toda a gente, de 40 vacas!

Quando questionei os meus informadores sobre como podia aquela gente suportar o cheiro da degradação do corpo do defunto durante tantos dias (e com este calor), responderam-me que têm panos próprios para ir embrulhando o corpo, havendo mortos que, quando vão a enterrar, têm mais de um metro de diâmetro.

Há dias, aqui em Bissau, um pobre infeliz que tinha só uma vaca magra para a chora de um familiar falecido, foi morto e esquartejado pelos mais de quarenta "choradores", que se apresentaram para a festa (parece que choram pouco; conversam, dormem, batem latas, comem e bebem muito). Esta não é tradição muçulmana, não, é tradição dos "Papeis" e de outras etnias, que são católicas e lhes misturam estes rituais pagãos.

Hoje fui às compras.  Gosto de levar alguns recuerdos. Há peças de madeira muito bonitas e com preços apeteciveis, nada comparados aos da Europa. Regateio um bocadito, mas não muito, custa-me estar ali a esmifrar meia dúzia de euros a quem aparenta ter tão pouco...No fim, ficam muito agradecidos pela compra e sempre da mesma maneira, procuro oferecer-lhes o meu sorriso mais simpático , juntamente com o desejo de muita sorte e felicidades.

Comprei, igualmente, uma "toillete" africana. Decidi, como fiz em Moçambique, apresentar-me amanhã  no trabalho, último dia, com trajes tradicionais. Queria comprar um vestido e um lenço, para pôr na cabeça. Arranjei o vestido, mas não o lenço. O vendedor (que se encontrava a ler "O corão") sugeriu-me que adquirisse uma camisola com o mesmo padrão que o vestido e que a levasse ao costureiro que rapidamente ma transformariam em lenço. Obedeci-lhe.

Foi aí que aconteceu magia, verdadeira magia. Dirigi-me com a camisola à "alfaiataria", que tinha já lobrigado duas portas acima da porta do hotel e encontrei um moço (talvez de 13 anos) a quem entreguei a camisola com vista à transformação pretendida. Disse-me que sim e, a meu pedido, informou-me que o serviço custaria 1000 CFR (pouco mais de dois euros) e lá lhos paguei.

Já no hotel experimentei o vestido e apercebi-me que me ficava muito largo (onde o comprara não havia espelho), pelo que decidi voltar à alfaiataria (onde trabalham 8 homens, fazendo fatos de homem e de mulher- que eu achei bem feitos) e vi à porta da loja um dos alfaiates a enfiar uma agulha, com dificuldade. Aí fez-se-me luz! Já sabia a quem oferecer a meia dúzia de pares de óculos de leitura que comprara para oferecer na Guiné-Bissau! Sim, EU estava com um problema que ia, agora, ser resolvido.

É que, uma amiga conhecedora do país e com quem conversei antes de vir, disse-me que uma das grandes necessidades das pessoas eram óculos de leitura, já que têm muita dificuldade em comprar uns óculos, por serem caríssimos e, por isso,. inatingiveis para quase toda a população. Passava-se que só as crianças me vinham pedir coisas e eu não sabia o que fazer aos seis pares de óculos (de 1,5 a 2,5 diopetrias) que tinha trazido- os meus formandos não aparentam dificuldades económicas e muitos já usam óculos. Não me passava pela cabeça oferecer os óculos aos transeuntes, não é?

Quem melhor poderia escolher para oferecer os ditos óculos do que àqueles trabalhadores que fazem minuciosos trabalhos, num beco escuro? Eram os melhores destinatários da minha dádiva! Como é que não me tinha lembrado disso antes?

Depois de um dos alfaiates ter feito as marcações no vestido, fui ao hotel tirá-lo e vestir outra roupa. Trouxe de volta a peça de roupa para o arranjo e os seis pares de óculos para lhes oferecer.

Acreditem que não podem imaginar o quão feliz me senti naqueles momentos! Ao indagar-lhes a idade (numa consulta oftalmológica sui generis) e distribuindo os óculos tendo a consideração a respectiva idade, oferecendo aos mais velhos os mais graduados (só dei óculos a quem tinha mais de quarenta anos), vi os seus rostos iluminados de tal felicidade, que se houvesse máquina para a medir rebentaria todas as escalas! O primeiro que recebeu os seus (o que enfiara a agulha com dificuldade), olhava encantado para um caderno em que estavam escritas medidas e sorria enquanto acenava com a cabeça que sim, dizendo "vejo tão bem e são tão lindos!".

Distribui-os todos! Até uma senhora que ali se encontrava de passagem recebeu uns,os mais femininos. Bem giros por sinal, ficando pouco atrás dos meu Gucci, que quase não uso e me custaram os olhos da cara-cagalhoeirices das marcas!!!

Nisto o arranjo do vestido estava concluído. Quem mo arranjou, apesar de não ter recebido óculos, por deles não precisar-só tinha 32 anos e via bem- entregou-me a obra e não aceitou pagamento pelo serviço prestado, em sinal de agradecimento pelo meu gesto. Ainda insisti que queria pagar o seu trabalho, mas ele não aceitou mesmo e, por delicadeza, não persisti na minha intenção.

Há momentos de grande felicidade, inesqueciveis.

Evoco Gothe: "Queres ser feliz? Caminha com dois sacos. Um para ofereceres e outro para receberes."

P.S. O vestido fica-me, agora, melhor... É que sou mais feliz.. :).

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Semeei laranjas pelas ruas de Bissau...

Sempre que viajo para África, solto algumas crónicas. O que começou por ser um desabafo remetido a meia dúzia de amigos, via email, passou a tornar-se imperioso, pelos pedidos que generosamente me foram fazendo: "Manda mais, parece que estou aí contigo..." e, deste modo, foi-se alargando o leque de amigos que as passaram a ler e a dar-me o seu feed-back, sempre positivo (as criticas negativas, para o bem e para o mal, não me têm chegado).

Cá estou eu, outra vez, em África. Oitava missão, primeira vez na Guiné-Bissau. Com esta visita completo o périplo pelos países africanos de língua oficial portuguesa.

Pus os pés, pela primeira vez, em solo africano, em Moçambique, há pouco mais de dois anos, seguiram-se Angola, S. Tomé e Princípe, Cabo Verde e, agora, Guiné (alguns já repeti).

A maioria das vozes desaconselharam-me a deslocação a este país: extremamente pobre; onde não há nada, senão doenças; de grande instabilidade política; com frequentes cortes na rede eléctrica e um sem número de aspectos negativos. Teimosamente resisti e aqui estou. Primeiras impressões? Muitas.

Depois do embarque num avião em que alguns viajantes guineenses insistiam em enfiar na cabine, como bagagem de mão, um sem número de malas e malotes que claramente ultrapassavam as dimensões do permitido; e de um voo anormalmente trepidante, chegámos a Bissau.

Quando desembarquei já tinha a barriga cheia de estórias do país, contadas por uma voluntária em missões de cooperação, no âmbito social, designadamente na área da educação e da saúde.

Esta é a sua 10º missão na Guiné-Bissau e move-se bem nos meios políticos guineenses, no sentido de alcançar os objectivos da associação a que pertence. Falámos as 4 horas consecutivas da viagem, cada uma mais do que a outra e cheguei, portanto, mais rica.

Já na viagem de regresso de Moçambique para Lisboa me acontecera ter conversa de 10 horas consecutivas com uma freira, dedicada à missão de educar e cuidar de meninas desamparadas no norte daquele país, junto ao grande lago Niassa.

Mulheres valentes estas, que se põe desta forma ao serviço dos outros. Não será propriamente altruímo, não acredito nele, os que se sabem oferecer são os mais sábios ganhadores. A gratificação de dar é superior à de receber.

Até ao momento, estou em condições de dizer que fiz bem em ter vindo. Todos me tratam bem, com cuidado e atenção. Receava eventual falta de apoio por não ter presente ninguém da cooperação portuguesa para me receber, mas o cuidado dos meus colegas daqui tem sido enorme, dando-me todo o apoio de que tenho necessitado.

A responsabilidade do trabalho que aqui estou a desenvolver é grande. Os meus formandos são a nata da nata dos juristas guineenses no âmbito do Direito Administrativo e Fiscal/Aduaneiro.

Darei o meu melhor para que seja um trabalho proveitoso, sem me pôr em bicos de pés, pondo ao seu serviço o que sei, dispondo-me a pensar com eles e a investigar eventuais questões que me suscitem e às quais não esteja em condições de responder. Hoje correu bem e amanhã espero que aconteça o mesmo.

Quanto ao mais, há que dizer que a grande maioria de nós, portugueses, somos escandalosamente ricos. Raramente vemos nas nossas ruas crianças de roupas rasgadas, sujas e descalças, a pedir. Os pedidos são simples: uma moeda; que compre laranjas ou amendoins. Um menino pediu-me que o deixasse engraxar os meus chinelos de meter o dedo, com que me passeei há bocado pela avenida principal da cidade, a Amilcar Cabral. Mas o pedido mais insólito veio da menina que me vendeu meia dúzia de laranjas, de aspecto muito duvidoso, e que comprei apenas para a ajudar, nem me passando pela cabeça comê-las, pediu-me, pasmem, uma garrafa de água para beber. Os nossos pobres têm água à descrição para beber porque corre água potável em todo o lado, mas aqui não é assim e as pessoas têm sede, debaixo deste sol escaldante...

A Aua que, com os seus 10 anos, vende amendoins, transportados num grande prato de plástico, em cima da cabeça, simpatizou comigo ( não obstante a minha recusa em mercar-lhe o fruto), pelo que me acompanhou no meu passeio. Não falamos a mesma lingua, a Aua não fala português e não nos entendiamos, salvo por gestos, sorrisos e troca de carícias reciprocas.

Ela adorou que a deixasse mexer no meu cabelo, que ela fazia deslizar entre os seus dedos, demontrando enorme satisafação com o gesto, manifestando-o com o seu sorriso. Acariciei-a na face e disse-lhe que era bonita. Não consegui perceber se alguma vez foi à escola, acredito que não.

Só soube o nome da menina porque numa das minhas paragens para observar o trabalho dos artesãos que vendem na rua, um deles, face à minha curiosidade, a inquiriu, num dialecto estranho, sobre qual era a sua graça. Esse artesão, homem de meia idade, na nossa conversa de não menos de 20 minutos, sob um sol tórrido, queixou-se das dificuldades da vida neste país. Disse passar mais de uma semana sem vender uma única peça dos bonitos trabalhos que faz e de, assim, entrar todos os dias em casa com os bolsos vazios e carregado com as peças de madeira que todos os dias transporta de um lado para o outro...

Enquanto passeei lado a lado com a Aua e os seus amendoins (parávamos às vezes para ela fazer uma venda, atirando as modas para o prato que continha o fruto, que por sua vez servia para dissimular o dinheiro) o saco das laranjas rasgou-se, sem que disso me tenha apercebido. Fui alertada para o desastre pelos gritos de alguns transeuntes, que apontavam as laranjas espalhadas ao longo do meu percurso. Olhei para trás e ri-me despreocupada com a perda. Disse que não havia mal, que poderiam servir de alimento a alguém que as quisesse aproveitar, mas, nisto, a Aura pousou o prato dos amendoins no chão e correu disparada a apanhar as laranjas semeadas na Avenida Amilcar Cabral. Regressou vitoriosa com elas na mão, eram quatro, disse-lhe que as aproveitasse, mas fez questão de ficar só com uma...

Ainda lhe pedi que me esperasse à porta do hotel, enquanto eu ia buscar tshirts para lhe oferecer, quando regressei com as ditas já lá não estava, não me tinha percebido...

Há bocadito lanchei duas laranjas. O seu exterior era ruim, mas tinham um interior precioso...

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Crime e castigo

Ando cá a pensar que aqueles que matam de saudades deviam ser punidos e bem punidos! E, matar de saudades, é daqueles crimes que não carecem de dolo para a punição, qualquer negligência é suficiente para impor castigo severo.

Não sabem, por acaso, os que são amados, que têm responsabilidades em relação aos seus "amadores"? Quem for amado tem de estar disponivel para não matar de saudades quem o ama. Pronto, está bem, não é bem matar de saudades, é mais deixar morrer... mas é a mesma coisa, as condutas omissivas também são, neste caso, puniveis. Não acham?

Há para aí amigos que tenho que, um dia destes, vão cumprir a sua pena, olá se vão. Vão ser corrigidos com abraços apertados e beijinhos violentos, que vão ver!!!