quarta-feira, 14 de novembro de 2012

À bastonada

Hoje a polícia deu umas bastonadas num grupo de desordeiros que se infiltraram numa manifestação frente à Assembleia da República.
É a vida...
Actuaram bem os agentes policiais. Depois de várias horas a serem insultados e agredidos com pedras arrancadas à calçada, os polícias advertiram que avançariam caso fosse necessário... e assim fizeram.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

As castanhas

Chegou a época das castanhas.
O seu aparecimento sazonal marcou, desde sempre, a minha vida. Lembro-me de, na infância, estarem guardadas na despensa da cozinha de Lisboa, vindas da aldeia, dos castanheiros que o pai plantou.
Já na minha casa chegavam-me também, oferecidas pelos pais, trazidas da aldeia, dos castanheiros que o pai plantara.
Os pais partiram. Os castanheiros ficaram, agora são meus, os castanheiros que o pai plantou.
Já vêm a caminho as castanhas, caídas dos castanheiros que o pai plantou.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Saudade

Hoje é dia de celebrar a saudade. É dia de, especialmente, relembrar aqueles que comigo partilharam a vida e já partiram.
Já são muitos os que foram, para uma viagem sem regresso. Lembro amigos, familiares mais longínquos ou mais próximos.
Penso, com dor, em três das pessoas que mais amei e que mais me amaram na vida: os meus pais e o meu amor, que foi o pai dos meus filhos. Estes três deixaram-me órfã e muito perdida.
Com uma vida cheia de coisas para fazer, encontro-me muitas vezes confusa por perceber que já não os tenho. Serviram-me de bússola, enquanto os tive, continuam como referência, embora já não estejam.
O conjunto daqueles que já perdi, ao longo da vida, faz-me assimilar que já vivi muito e que, um dia, inexoravelmente, chegará a minha vez de partir também.
Por agora, aqui estou, com os pedacinhos deles que comigo ficaram.